sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Brasil estreia com vitória no Grand Prix

Polônia assusta e vence primeiro set, mas seleção mostra força para se recuperar e derrotar rivais na primeira partida da competição, em Campinas.


A bola bate nos braços de Fernanda Garay e voa para longe. Em um primeiro momento, diante das pancadas das rivais, a brasileira sofreu. A desconhecida Polônia se mostrou forte na rede e no braço. A resposta porém, veio ainda mais potente. Se as europeias souberam assustar no início, o Brasil, guiado pela ponteira, mostrou calma e talento para se recuperar na noite desta sexta-feira. Depois de levar a pior na parcial de estreia no Grand Prix, a seleção de José Roberto Guimarães virou o jogo e venceu por 3 sets a 1, parciais 21/25,25/17, 25/15 e 25/20, em Campinas.
A vitória dá fôlego à seleção, que volta a entrar em quadra logo na manhã deste sábado, contra a Rússia, às 10h. Nesta sexta, as europeias levaram a pior contra os Estados Unidos, por 3 sets a 1, parciais 25/20, 25/17, 21/25 e 25/12.
Garay foi a maior pontuadora do jogo com 20 pontos, seguida pela oposto polonesa Katarzyna Skowronska, que atuou como ponteira, com 16.

- Às vezes acontece, na estreia, um pouquinho de nervosismo. Mas soubemos sair de uma situação difícil para ficar com a vitória. A equipe da Polônia tem muito mérito, está crescendo. Mas, no início da partida, foi mais por erros nossos do que mérito delas. Melhoramos quando conseguimos trabalhar um pouco mais - disse Garay.
Zé Roberto acredita que a equipe entrou em quadra mais nervosa do que o normal, mas ressaltou a importância da vitória.
- Foi um primeiro set difícil. Um pouco acanhado, intranquilo. Foi o que me chamou a atenção. Nós cometemos alguns erros, mas conseguimos nos equilibrar. No segundo set, viramos outro time. Sacamos melhor, melhoramos na defesa, que era o que tínhamos previsto. Sabíamos que seria complicado. Mas é por aí. Começamos bem.
O jogo
O cartão de visita polonês veio em forma de parede. Antes desconhecidas pelas jogadoras brasileiras, as europeias se apresentaram fortes no bloqueio. Nas primeiras jogadas, Gabi e Monique tiveram problemas para encaixar seus ataques. A bela ponteira Skowronska, principal nome das rivais, liderou a Polônia a um início irrepreensível. Enquanto o Brasil tentava se acertar em quadra, as visitantes abriram 8/3 antes do primeiro tempo técnico.
As polonesas também batiam forte. E, assim, davam problemas às brasileiras, que pecavam nos passes. Àquela altura, a jovem Gabi aparecia como válvula de escape da equipe da casa, que, na marra, conseguia se manter no jogo. Ainda assim, a Polônia abriu 18/13, e Zé Roberto apostou na inversão 5 por 1, mandando Sheilla e Fabíola para a quadra. A oposto, como de costume, foi festejada pela torcida. A reação, porém, não veio. A seleção ainda chegou a evitar dois break points, mas, no saque para fora de Gabi, as polonesas fecharam em 25/21.
Na mudança de lado da quadra, o jogo também se inverteu. Foi o Brasil, então, que começou a tomar o controle da partida para si. O bloqueio polonês já não funcionava tão bem. As donas da casa passaram a preferir a bola de efeito às pancadas. Deu certo. Com autoridade, a seleção de Zé Roberto aos poucos foi se distanciando no placar. Em bela bola de segundo tempo, Dani Lins fez o Brasil chegar a 14/7.
Estava tão fácil que o Brasil se permitiu relaxar por alguns instantes. Mas nada que fizesse as polonesas assustarem. A jovem Gabi se mostrava incansável, assim como Garay e Monique. Em um bloqueio, a seleção fechou em 25/17 e deixou tudo igual na partida.
O ímpeto ofensivo do início já não existia no lado da Polônia. Agora, eram as donas da casa que apareciam bem para bloquear e atacar. Juciely, cada vez mais firme na rede brasileira, mostrava força no fundamento. No ataque, era Garay quem brilhava. Com tranquilidade, o Brasil abriu nove pontos de vantagem: 14 a 5.
O massacre, então, seguiu. Do outro lado, a Polônia já não conseguia mais fazer nada para impedir que o Brasil fosse soberano em quadra. Em mais um bloqueio duplo, Gabi e Fabiana deram fim ao terceiro set e colocaram a seleção à frente (25/15).
A Polônia quis endurecer o jogo no quarto set. Ao contrário das parciais anteriores, a seleção europeia já não deixava as donas da casa dispararem no placar. Mas o Brasil guardou fôlego para o fim. Impulsionado pela torcida campineira, a seleção fechou a partida em um mais um ponto de Garay: 25/20.

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